Dicionário Gauchês 3
Piadas sem graça de Psicólogos
Tênis Nike
Jogo de Damas
Vivo
Curtas
Sinuca e Dominó

Para os blogs oprimidos (NanoBlogs) por uma Blogosfera “panelística” que dá destaque apenas aos grandes, comAtlas, Cards, Figurinhas e até mesmo Super-Heróis, a “NanoBarra” chega, diferentemente da barra da Liga dos Super Blogs, somente com blogs pequenos e com pouco destaque na Blogosfera.
O Que é ser um NanoBlog???
Ser um Nanoblog é ser um blog com pouco tempo de vida ou, que ainda não bateu a marca de 1000 acessos por dia em sua média. Ou seja, um blog iniciante, mas um blog que se mantém sempre atualizado.
Se os meus leitores puderam notar, agora o Pessoa Ordinária também fará parte dessa quadrilha, digo, turma de bons blogs iniciantes, pequenos, nanicos, nanoblogs. Hoje nos reunimos e amanhã dominaremos o mundo!!!
Dicionário Mineirês
Arreda: v.i. 1. Verbo na forma imperativa (dânnu órdi), paricido cum “sair”: Arreda prá lá, sô!
Belzont: s.p. 1. Capitar das Minas Gerais.
Beraba e Berlândia: s.p. 1. Cidades famosas do Triângulo Mineiro. Diz qui tem uma ôtra famosa que cumeça cum “B” e acaba com “raguari”, lá prá ‘quelas banda! O pessoar da capitár nunca sabe se a turma de lá é minerin ou não. Daí fica dizendo que é terra dos triangulinos.E óia que o povo di lá inté acha bão...
Cadiquê: Na forma erudita: CAUSDIQUÊ - mineirin tentânu intendê o pruquê d’arguma coisa... 'Por causa de quê?',
Confórfô eu vô: p.q.p. 1. Conforme for, eu vou.
Dendapia: dentro da pia. Ex: “ Muié, o galo tá dendapia”.
Deu: o messs qui "di mim". Ex : " - Larga deu, sô !"
Deusdi:o messs qui “desde”. Ex: " - Eu sou magrilim deusdi rapazín !"
Deusdiqui: prep. 1. Desde que: Eu sou magrilin deusdiqui eu era muleque!
Dó: o messs qui "pena", "compaixão" : "Ai qui dó, gentch...!!!"
Dôdestombago - o mesmo que DODESTONGO. (dor de estômago) “Essa danada da minha úrsera dá uma baita dôdestombago.”
Embadapia: Debaixo da pia. Ex.: Muié, ele agora tá embadapia.
Émezzz: adj. 1. Minerin dimirado do que contaro pr’ele. Podi tá querêno tamém cunfirmá arguma coisa.
Espia: s.p. 1. Nome da popular revista VEJA quando chega na distante e pequena cidade do minerin.
Estaçã: s.m. 1. Onde desembarcam os minerin com suas malas cheias de queijo.
I: conj. 1. E: Minino, ispecial, eu i ela, vistido.
In: v.t.i. 1. Forma diminutiva: Piquininin, lugarzin, bolin, vistidin, sapatin etc....
Intorná: g.g. 1. Quando não cabe na vasilha. 2. Derramar.
Jizdifora: p.d.s. 1. - Cidade minera pertín do RidiJanero, lá prás banda da Vinida Brasil nº 500.000. O pessoar da capitár nunca sabe se a turma de lá é minerin ou carioca. Daí fica dizendo que é terra dos carioca du brejo.
Kidicarne: medida empregada na comercialização de carne - quilo de carne - quinze kidicarne = uma arroba
Kinem: k.b.lo 1. Advérbio de comparação - igual: Ela saiu bunita kinem a mãe.
Lidileite: Litro de leite.
Magrilin: p.d.v. 1. Indivíduo muito magro.
Mastumate: Massa de tomate
Minerin: (pop.) ou MINEIRIN (forma clássica) - Nativo duistádimínass. Típico habitante das Minas Gerais.
Montes Claros: p.d.s. 3. - Cidade minera pertín da Bahia, lá prás banda do Norte das Minas Gerais. O pessoar da capitár nunca sabe se a turma de lá é minerin ou baianin. Daí fica dizendo que é terra dos baianos cansado, sabe... Aqueles qui num deram conta de chegá em SumPaulo, daí pararo no mei do caminn.
Negocin: p.ludo 1. Qualquer coisa que o minerin acha pequeno.
Némêss: - Minerin quereno qui ocê concordi c'ás idéia dêle...
Nimim: o messs qui "em mim". Exempro: "- Nóoo, cê vive garrádu nimim, trem !...Larga deu, sô !!...
NNN: p.o.p. 1. Gerúndio do minerês: Brincannno, corrennno, innno, vinnno.
Nóoo: num tem nada a ver cum laço pertado, não ! É o mess qui "nossa!!" ...Vem di: Nóoossinhora !...
Némermo: z.bra. 1. Minerin procurando concordância com suas idéias. Os cariocas aproveitaram a expressão para criar o famoso “Né mermo, irmão?” com variação para o “Né mermo, brother?”.
Num: NÃO ã.h. 1. Advérbios de negação usados na mesma frase: Num vô não. Num quero não. Num gosto não.
Óiaí: x.x. 1. Olha aí, ó, toma...
Óiaqui: a.b.c. 1. Minerin tentando chamar a atenção para alguma coisa.
Oncotô: - .h.j. Expressão de dúvida. Empregada constantemente quando o mineirim vai pra capitar, ou intão pra SumPaulo. (Onde que eu estou?)
Onquié: br. Int. .É quan nois num sabe pronde é qui nóis vai. (Onde que e?)
Óprocevê: (!) - j.t..Mineirin dimirado cum arguma coisa! (olha pra você ver!)
Ostrudia: n.x. variação: ASTRUDIA . É quan um mineirim num qué fazê arguma coisa hoje (outro dia). “Ostrodia nóis vai, cumpadre!”
Pão di queijo: k.h.1. - Ísscêis sabe ! Cumida fundamentar na mezz minêra e que disputa c'o tutú a nosss preferênça
Pelejânu: O mess qui tentânu: " - Tô pelejânu qü' esse diacho né di hoje!
Pincumel: pinga com mel “Si ocês tá cumeçano a constipá, toma logo uma pincumel que é prá mode sarar”
Pópôpó: - h.xá 1. A mineirinha ajudando ao marido fazer café.
Pópôpoquin: o.d.d. 1. Resposta afirmativa do marido.
Prestenção: é quan’um mineirin tá falano mais cê num tá ouvino.
Proncovô: - É quan nóis inda num discubriu pronde é qui nóis vai e tá quainahora. (para onde que eu vou?)
Quainahora: t.p. Expressão que indica que o mineirm está ficando atrasado: Si nois num apertá a marcha nóis vai chegá dispois do casório.(quase na hora)
Qui Belezura: p.d.t. 1. Expressão que exprime aprovação; quando gostou de alguma coisa.
Quiném: advérbio de comparação. Ex: "É bunita qui dói. Quiném a mãe !"
Sapassado: m.p.b 2 - Sábado Passado.
Secetembro: Dia em que se comemora a independência do Brasil.
Sô: fim de quarqué frase. Qué exêmpro tamém ? : Cuidadaí, sô !!...
Tirisdaí: É quan um trem tá travessado bem in frente di nóis: Ex Tirisdaí minino! Tá travancando o caminho. (tira isso dai)
Tradaporta: atrás da porta – Receita mineira: “Si a visita si isqueceu de tomá rumo de casa, cês põem a vassora tradaporta qui num instantim ela vaimbora”.
Trem: s.b.p. 1. Palavra que não tem nada a ver com transporte, e que quer dizer qualquer coisa que o minerin quiser: Já lavô us trem? Eu comi uns trem. Vamo lá tomar uns trem? Qui trem é esse atrás d’ocê?
Triango minero: m.p.b. 1. Triângulo Mineiro.
Trosso: s.b.p. 1 É quiném trem
Tutu: t.u.m. 1. - Mistura de farínn di mandioca cum feijão massadím e uns temperin lá da horta. Bão dimais da conta !...
Tii: v.i.g.i. 1. O irmão do pai ou da mãe: Mulher do tii é a txiiiiaa.
Uai: u.a.i. 1. - Corresponde a "UÉ", dos paulistas. Melhor Definição: "Uai é uai,...uai !"
Varge: e.l.a. 1. - Aquele legume verde rico em fibras. Serve tamém pra dizê daquelis lugar nos pé de morro ondi fica chei d’água no chão e que o pessoar usa pra prantá arroz: (Várzea)
Varginha: p.d.s. 2. – Né Varge piquinininha não, viu gente? É uma cidade minera pertín de Sum Paulo. O pessoar da capitár nunca sabe se a turma de lá é minerin ou paulista. Daí fica dizeno que é terra dos parlista frustrado.
Vidiperfum: . s.b.p.3. É donde se guarda aquelas água de chero. (vidro de perfume)
Bebados 2
Quando o Computador dá Pau
Pecador Inveterado
Como Reconhecer um Bom Boteco
Um bom boteco é difícil de se arranjar, mas estamos sempre prontos a ajudar e a mostrar como reconhecer um bom boteco.
Prontos para começar?
1 - Cerveja por menos de R$2,50.
2 - Marcas de cigarros alternativas. Tais como Ritz, Campeão, Plaza, Amigo e Minister.
3 - Bebum de fé. Todo boteco que se preza tem um bebum da casa, que aparece todo santo dia para bater o ponto.
4 - Potão de conserva atrás do balcão. Quase sempre é de salsicha, ovo de codorna no vinagre ou aquela cebola com sardinha.
5 - Nome com apóstrofe e “s” no final, como Zico’s Bar, Cerva’s Bar. Ou então o nome do dono, como Bar do Zé.
6 - Garrafa velha de refrigerante. Quando se pede Coca vem Pepsi, naquelas garrafas com o rótulo ainda branco. E tem também Mirinda, Crush, Baré de maçã e tubaína.
7 - Copo sujo. Não precisa se incomodar, nunca matou ninguém, o que faz mal é a azeitoninha.
8 - Catchup em diversas tonalidades de vermelho.
9 - Quadrinho na parede: “Não aceito fiado”, “Fiado só amanhã”. Ou então: “Fiado só para maiores de 90 anos acompanhado dos pais”.
10 - O pior banheiro do mundo. Nunca tem tampa na privada. Definitivamente um local desapropriado para evacuar.
11 - Cardápio escrito a giz e com erros ortográficos.
12 - Garçom com camisa pra fora da calça (geralmente é o próprio dono) e caneta bic atrás da orelha.
13 - Balas de troco duras, ruins, e guardadas dentro de um pote plástico nebuloso.
14 - Todas as marcas de pinga que possam existir e algumas confeccionadas ali mesmo, curtida na arnica, por exemplo.
15 - Um cachorro bem tosco, zanzando na porta. Ele nunca entra, senão leva pau.
Piada de Judeu
Cavaleiro Negro
Viciados em Internet
"Viciados em Internet"
Cuidado: navegar é muito bom, mas não deixe que seu lazer vire dependência
Por: Roberto Cassano (Revista Internet Br - Abril de 99)©
Existe um mundo onde não chove nem faz frio ou calor. Ou até chove, mas só se o dono assim o quiser e o programa permitir. É um mundo onde os sorriso são feitos de letras e o que somos pode ser sintetizado em um apelido. Um mundo fascinante, rico, cheio de pessoas e de histórias. Mas que não é outro mundo. Ele não pode (ou não deveria) substituir um outro lugar, mais antigo, chamado mundo real.
A Internet é uma gigantesca mão de roda. Ela veio para encurtar as distâncias, democratizar o acesso à informação e uma penca de coisas boas, que estamos sempre destacando. Mas, para algumas pessoas, a rede assumiu um papel polêmico. Passou a ser o princípio e o fim do dia-a-dia de gente que não consegue imaginar a vida longe de um monitor e de um modem.
"Jamais conseguiria viver sem a Internet nos últimos tempos. Aqui é onde encontro soluções para todos os meus problemas e também é onde tenho a maior parte dos meus amigos que estão espalhados por esse mundo de meu Deus. Sinceramente eu, sem a Internet, não seria mais nada, perderia por completo a minha personalidade". O depoimento da internauta Adriana, sincero e assustador, foi uma resposta à questão "Você sobreviveria sem a Internet hoje em dia?", proposta no Fórum da Internet.Br. Por que isso acontece?
Freud Explica
A psicóloga Márcia Homem de Mello, do site Psy_Coterapeutas On Line, atribui esta paixão pela sede de conhecimento do Ser Humano, que pode ser saciada - e estimulada - pela Internet. "As pessoas podem conhecer e conversar com outras que elas nunca viram, sem pré-conceitos e sem preconceitos. É tudo estimulado, em parte, pela fantasia que cada um cria", conta.
Mas Márcia trata de retirar da Rede a alcunha de vilã: "Todos falam muito em vício da Internet, mas muita gente se esquece de que, se não existisse esse meio, os indivíduos que se tornaram viciados nele com certeza estariam procurando outra coisa para colocar no lugar".
Para muitas pessoas a timidez é o impulso para substituir o mundo real pelo virtual. "Acredito que a Internet me ajuda muito a expressar minha opinião; vejo que as pessoas se interessam por ela, muitas vezes. É bom para a auto estima, você é valorizado, mesmo que através de uma tela", conta Fabiana (nome fictício), internauta de Niterói, RJ, que fica cerca de quatro horas por dia ligada à Rede. Quatro horas é muito? "Como vou saber se eu sou viciado em Internet?", você pode estar se perguntando... Vamos falar mais sobre isso.
Quando o Hobby vira Vício?
Fabiana, que se considera uma fanática pela Rede, percebeu que estava se envolvendo demais com a Internet quando passou a ligar o computador e precisava conectar para encontrar alguém e não conseguia mais responder os e-mails sem estar conectado. E quando não se consegue um computador para acessar? Qual a sensação? "Ansiedade... Vontade de saber se alguém te escreveu, ou como estão seus amigos... é como se faltasse algo, nem que seja por dez minutos, mas preciso falar com os amigos, ler e-mails etc.", narra Fabiana.
A psicóloga Márcia de Mello explica que podemos considerar que o lazer foi longe demais quando se deixa de realizar compromissos por causa dele, quando não se contenta com a vida que tem, a não ser que o indivíduo esteja diante de um computador. E mais: " Quando, para tudo na vida, precisa-se passar antes pelo computador e quando se deixa de conhecer pessoas no real para só encontrá-las pela Internet".
Realmente, todo esse papo de mundo real e virtual é muito confuso. Afinal, tudo é real. Ou não? Sérgio 9nome fictício), de Belo Horizonte, MG, está decidido a abandonar a Internet.
Aposentando a Rede
"Enquanto mergulhava cada vez mais no computador, meus amigos foram se afastando aos poucos. Uma vez, minha mãe, que não conseguia dormir por causa dos barulhos que eu fazia de madrugada em casa, chegou perto de mim. Mostrei a ela a cidade que eu e muitos amigos virtuais construímos no Active Worlds. Ela me perguntou se ñ estava me afastando do mundo real. Disse que não. Estava certo, não estava me afastando do mundo real. Já tinha me afastado. Vivia em um mundo virtual, dando pouca importância para quem estava ao meu lado de verdade", conta Sérgio, de 23 anos, que ficava na Internet cerca de três horas por dia durante a semana, oito horas aos sábados e mais seis aos domingos.
Sérgio decidiu largar a Rede no início de fevereiro último, quando "aconteceu algo que me fez repensar a vida que estava levando, ou seja, de viciado em Internet". Sua navegação agora se resume a checar o e-mail, esporadicamente, ler o "Minas Gerais" na Rede e a comprar um CD que não encontre nas lojas, mas isso só porque ainda paga o provedor. "Mas em breve abandonarei de vez", ameaça.
Márcia Mello reforça a idéia de que, se não fosse a Internet, seria outra a válvula de escape do viciado. "Qualquer tipo de vício pode ser trabalhado psicologicamente. É um sinal que o indivíduo dá de que algo não está lhe satisfazendo, algo lhe falta e que é preciso completar com o 'vício'".
Roberto Cassano surfa desde os tempos em que provedores de acesso eram um sonho distante, mas entre dormir e virar a noite num donwload ele não pensa duas vezes: pula na cama.
A Sedução dos Chips
Depoimento de Ana Beatriz, mãe de Marcelo, jovem carioca que deixou a paixão pelos computadores ir longe demais.
"Meu filho é inteligente, gentil. O respeito aos mais velhos sempre fez parte de sua personalidade. Antes, ele era estudioso, trabalhava, praticava esportes e dormia em horários normais, no máximo meia-noite. Nos finais de semana ia a festas, passeava com a noiva, viajava, enfim, fazia tudo o que a maioria dos jovens faz, trocando almoço por lanchonete mas sempre responsável com todos os seus deveres e compromissos.
Um dia percebi que as coisas estavam diferentes. Ele já não agüentava acordar no horário certo para trabalhar. Se conseguia levantar a tempo, corria para o computador e já saía atrasado. Voltava cedo para casa depois da faculdade e corria para o micro. O pior é que, agora, ele chega ao ponto de nem sair para se encontrar com a noiva nos finais de semana. Se ela chega, é recebida com festas, mas logo fica num canto, "trocada" pelo computador.
E o interessante é que não é somente a Internet que o está seduzindo. É todo o universo relacionado aos computadores. Marcelo não fica muito em salas de chat, só no ICQ, onde tem sempre um colega que vai falar da placa nova que instalou, do HD que queimou ou sites novos que visitou. Ele se afastou dos amigos de carne-e-osso, dos amigos de vizinhança que cresceram com ele.
Agora Marcelo dorme às 6h da manhã e acorda somente por volta das 15h. E, por causa do horário, já não sabe se janta, se almoça, se toma o café da manhã, porque, certamente, vai passar a noite no computador. E, quando chegar a hora de dormir novamente, já terão se passado 15 horas seguidas, sem um esforço físico, sem caminhadas, sem fazer o sangue circular, sem alongar a coluna, sem desgrudar do monitor.
Quando os pais reclama, ele diz prontamente que se for pelo pulso do telefone, de meia-noite às cinco da manhã é um pulso só. Mas não é pelo pulso do telefone, é pelo impulso da lógica!
Estou escrevendo para vocês meio que perdida, pensando em quantos jovens estão levando essa mesma vida, que sabemos, mesmo sem entender de medicina, que nada tem de saudável."
* Os personagens deste depoimento estão com pseudônimos.